" Diz-se que um rio, antes de cair no oceano, treme de medo. Ele olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho a percorrer através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele é desaparecer para sempre. Mas não é de outra maneira.

O rio não pode voltar.

Nem tu podes voltar.

Voltar é impossível na existência. Apenas podemos seguir em frente. O rio precisa de arriscar e entrar no oceano. E, sómente quando ele entra no oceano, o medo desaparece, porque, apenas então, o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.


Por um lado é desaparecimento e, por outro, é uma ressureição"

Osho

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domingo, 29 de agosto de 2010

Missão


Tudo despoletou em 1999/2000, quando se conjecturava o “fim do mundo”, sendo eu extremamente céptica, racional e pragmática, em que, ouvindo pessoas à minha volta sobre fim do mundo,  “auras” e ”leitura de cartas” estas conversas me incomodavam de tal maneira que as próprias pessoas em meu redor se questionavam sobre o que se passava comigo. Eu simplesmente dizia que não acreditava em nada disso, apenas considerava que, e numa hipótese muito remota, e, eventualmente credível,  a acupunctura seria a eleita, porque ao serem colocadas as agulhas em certos e determinados pontos, racionalmente falando,  poderiam influenciar favoravelmente a cura da doença. E houve alguém que me disse ao ouvido:
- “Ok, ok…. A Carmo diz que não acredita nestas coisas, mas cá para mim, ainda a vou ver numa barraquinha das feiras a ler a sina ao pessoal quer apostar?"

Nesta altura ainda vivia no meu “castelo do casamento feliz” e isto tudo passou-me ao lado.

Mais tarde, quando o castelo “caiu”, voltei a entrar na depressão, que me atingia de vez em quando, ou seja em períodos menos confortáveis da minha vida.

Digo que voltei a entrar, porque, desde a adolescência que me sentia insatisfeita, inconformada com o meu físico, não me aceitava como era,  a tal forma que tive pensamentos menos impróprios para relatar agora, mas desta vez foi mesmo a sério. E houve alguém que me falou ao ouvido novamente:
-“Estás a precisar de Reiki,  urgentemente, e de imediato. E ainda disse: Olha já fiz, agora não faço, não conheço quem faça, não recomendo ninguém, mas vai para a “NET”, pesquisa, procura, e de certeza que vais encontrar o caminho”.

E assim fiz, perdido por cem, perdido por mil.

Logo que comecei a receber Reiki senti melhoras, e então senti o impulso, a vontade enorme de - porque não fazer o fazer o curso em vez de receber? -. Deixei a medicação (antidepressivos e comprimidos para dormir) e até hoje nunca mais os vi à frente. Incrível como começei a dormir seguido, sem interrupções  e de uma forma muito natural.

Também sofria de Sinusite crónica, o que me incomodava bastante, e desde muito nova. A tal ponto que aos 7 anos fui operada aos adenóides e amígdalas; mas não resultou…. ou melhor… melhorei alguns sintomas, mas todos os anos, me constipava e o nariz não resistia. Aos 18 anos voltei à infância, isto é, voltei a ter aquelas constipações de febre e tosse constantes, que me levavam à cama e isto umas atrás das outras sistematicamente.

Com a 1ª iniciação em Reiki em Agosto de 2007, além de melhorar da depressão, cheguei a Dezembro sem me constipar… o que não era nada normal. Nesse mesmo mês, nas vésperas de Natal fiz a 2ª iniciação. E desde então não me constipei mais até hoje.

Tudo corria pelo melhor, aliás fiquei fã incondicional do Reiki pois que o simples facto de me ter permitido ultrapassar aquelas maleitas, incentivou-me para uma nova perspectiva e conceito de vida que até então era completamente impensável. E aquela que dizia que só aceitava a acupunctura “ caiu”. E como diz o ditado “pela boca morre o peixe”, comecei a sentir e a percepcionar as tais ditas energias que não se vêem, mas que se sentem. Mas que resultam e de que maneira.

Ok. Tudo cada vez mais maravilhoso. Continuava a fazer as minhas aplicações de Reiki diariamente, e a ler os livros de espiritualidade que me apareciam á frente, ou melhor que me caiam do céu, tentando obter respostas que me clarificassem o mais possível, pois isto de ser espiritual tem muito que se lhe diga, e tem de ser levado verdadeira e conscientemente a sério, isto é, acho eu, se não for para por na prática, e diariamente, a toda a hora, não faz qualquer sentido, e, como hoje sei, que, na nossa vida, nada acontece por acaso, e, se, deixarmos fluir o nosso caminho aparecer-nos-á à frente, as pessoas e os livros foram-me aparecendo, e eu curiosa que sou, deixei-me guiar e levar.

Fiz vários cursos, fui a várias palestras, a vários workshops, conhecendo e ouvindo os “ Anjos” que me apareciam à frente, e que me faziam compreender o sentido do que se sente. E quanto mais que avançava, mais fome tinha de saber, qual a minha missão por exemplo. Foi uma das coisas que me começou a fazer mover e a despertar os todos os meus sentidos numa ânsia cada vez maior.

E fui procurando, procurando, cada vez mais e mais. Comecei a fazer meditação no ano passado, para conseguir melhor conexão com o meu guia, ou o meu anjo da guarda, ou como lhe queiram chamar, o que recomendo. A meditação faz-nos fazer parar. Parar para nos podermos ouvir, e nos percebermos melhor.

Nas aulas de meditação no final do ano fizemos uma coisa interessante: Queimámos e espalhámos as “sementes” do ano velho ao mar, e no inicio de Janeiro plantámos as “sementes “ de desejos e boas aventuranças para o novo ano que tinha começado, e, no fim da meditação tirava-mos um carta do Tarot dos Anjos. A carta que veio ter comigo foi a do Arcanjo Rafael. Fiquei muito curiosa, pois que significado teria aquele? Mera coincidência já sabia que não podia ser, mas porquê ter-me aparecido? Iria acompanhar-me durante o ano porquê? Não demorei uma semana a saber, e numa mera consulta de rotina ao Ginecologista, que me tinham diagnosticado 2 “massas densas” nos ovários que acabariam por ter o nome de carcinomas.

Fiquei em estado de choque pois isto não pode estar a acontecer comigo, só costuma acontecer aos outros. Fica-mos como quem apanha um balde de água fria. E eu fiquei sem perceber completamente nada.

Zanguei-me com o Céu, com Deus, com os Anjos e com todos os que me redeavam, pois achava que, como praticava o Reiki todos os dias, estaria imune a este tipo de situações, aliás os chacras estavam em equilíbrio. Isolei-me e fechei-me em casa, numa tentativa de me perceber e de me encontrar, pois sabia que o Universo estava a dizer para eu parar e parar por completo e já! para olhar para dentro de mim. (É o significado das doenças – é o teu corpo a dizer para parar…) E então percebi que todo o acumular de mau estar, de falta de amor-próprio, de não ter tido carinho e respeito para comigo, nem para com os outros, geraram o que geraram,  e o Reiki serviu para “limpar”, deitar cá para fora o que eu tinha de “menos bom” o que me queimava e me estava a fazer mal, os maus pensamentos, as atitudes menos cordiais, a baixa auto-estima, era como que a limpeza interior do estado de depressão que fui acumulando ao longo dos anos e que agora, teria de me purificar, e regenerar por dentro, digamos que restaurar tudo aquilo que estava menos bem e fui começando por mim mesma este processo de auto-descoberta e de auto-cura, que me fez encontrar e  descobrir a minha missão.

Há coisas fantásticas não há. Fui pelo caminho mais longo e doloroso, mas como Deus diz nas "pégadas na areia", fui levada ao colo e senti sempre esse colo, sempre. De tal forma que nunca teria chegado onde cheguei se Deus não tivesse colocado as pessoas certas nos sitios certos durante todo o percurso. Foi só ficar atenta à caminhada e coragem para seguir em frente pois como já referi, eu nunca me senti sozinha. E no fim de contas, a doença serviu apenas para me encontrar.

Fiz anos a 22 de Julho e nesse dia comprei a vela “O” e prometi a mim mesmo e a todas as pessoas  presentes, que a Carmo que tinham conhecido já não existia. Agora, e naquele preciso momento, havia um renascimento, uma nova Carmo em transformação e evolução, deixando para trás todos os maus preconceitos, num constante amor, carinho, amizade, entrega e respeito para comigo própria em primeiro lugar, pois só podemos amar os outros, quando nos amamos a nós mesmos. E isto é a primeira lição que Deus nos dá para por na prática.

E a minha missão consiste na cura, no Reiki, na vontade enorme que tenho em poder ajudar e amar os outros, e que assim seja.

Entrego-me ao Universo e o que for será.

Namasté


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2 comentários:

  1. Eis o início de uma bela caminhada... e que todos os teus passos sejam de alegria e amor! Confio plenamente em ti, nas tuas palavras e no teu coração.

    És a "mãezinha espiritual", lembras-te? :)

    Adoro-te*

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  2. Bonita história amiga. Um exemplo a seguir.
    Demorei a vir mas vim pois és demasiadamente importante para mim para não vir cá dar-te uma palavra de carinho e atenção :)

    Terminei hoje de ler o capitulo dum livro sobre saúde e doença. E a respeito do cancro o autor tem uma prespectiva muito interessante. Diz que certas doenças mas especialmente esta são "fugas" ao stress emocional em que vivemos. São uma forma inconsciente de parar a vida que levamos. E claro que são ainda desequilibrios energéticos.

    O reiki ajuda a reequilibrar a tua energia vital mas enquanto o ambiente social em que vives não mudar, assim que voltes para o stress emocional da profissão, da familia, e etc, pode acontecer adoeceres de novo.

    Espero que entendas bem as minhas palavras que não são mais que parafrasear os conceitos do livro. Sabes que desejo o melhor do mundo para ti, por isso aconselho-te a curar não só a parte interior como a solucionar a parte exterior.
    Mil beijinhos.
    Saudades!

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